Fenafar debate a 15ª Conferência Nacional de Saúde
Dirigentes da federação se reuniram no sábado (27) para preparar mobilização dos farmacêuticos, profissionais de saúde e da área do controle social na construção da conferência e para debater as ações da categoria na defesa do SUS
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Entre os vários desafios apontados pela diretoria da Fenafar para realizar uma grande mobilização de farmacêuticos, de outros profissionais de saúde e controle social para participar do processo da 15ª Conferência Nacional de Saúde é garantir que as etapas municipais e estaduais da Conferência se realizem no maior número possível de municípios.
Isso porque o perfil dos Conselhos Municipais e Estaduais de Saúde é muito heterogêneo, há conselhos mais engajados e com maior participação dos usuários e dos profissionais, e outros que são mais esvaziados e integrados majoritariamente pelos gestores locais e que, nem sempre, estão empenhados em garantir a mobilização da sociedade para debater os rumos da Saúde, em particular do SUS.
Um exemplo desta dificuldade e das disparidades foi a realização da 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador, que teve envolvimentos muito distintos pelo Brasil.
Uma preocupação bastante presente no debate da diretoria para a realização das etapas locais da 15ª Conferência é o desfecho das eleições. A vitória de candidatos comprometidos com a participação social é fundamental para o fortalecimento dos Conselhos. Exemplos de retrocesso foram relatados nos municípios que hoje, estão governados por prefeitos que não têm compromisso com o controle social, como por exemplo Salvador (Antonio Carlos Magalhães Neto – DEM) e Porto Alegre (José Fortunatti – PDT).
O presidente da Fenafar chamou a atenção para a necessidade de a categoria ter uma posição de protagonismo nas discussões da 15ª Conferência, “colocando no centro do debate a necessidade de fortalecer o SUS e garantir a realização de um grande movimento em defesa da saúde pública, inserindo nisso as pautas específicas da categoria, mas tendo como eixo o compromisso histórico que nós temos com um modelo avançado de saúde e que vem sendo constantemente desconstruído pela mídia, nas novelas, pelos interesses do setor privado”, ressaltou Ronald Ferreira dos Santos.
Renata Mielli
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