SindiNutri-SP defende rotulagem triangular
Anvisa aprova nova rotulagem de alimentos. No entanto, entidades como SindiNutri-SP contestam tipo de rótulo aprovada. Elas defendem a rotulagem triangular.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no dia 7 de outubro último uma nova norma para a rotulagem de alimentos. O tema vinha sendo debatido tecnicamente em consulta pública aberta em novembro de 2019. Entidades como o Sindicato dos Nutricionistas do Estado de São Paulo (SindiNutri-SP), Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e Aliança pela Alimentação Saudável, coletivo o qual os nutricionistas de S. Paulo fazemo parte, defendem que a rotulagem proposta em forma de triângulo é a mais indicada por ter passado por diversos testes que concluíram ser mais efetiva, clara e legível.
“A nova rotulagem foi um passo importante, mas apoiamos a rotulagem com os triângulos que traz condições importantes para uma mensagem de alerta que contribuirão para ajudar na decisão de compra”, diz a presidente do SindiNutri, Maria da Consolação Machado Furegatti.
Entre as mudanças estão: tabelas com o conteúdo dos alimentos precisam ser brancas com letras pretas para facilitar a leitura; a parte frontal da embalagem precisa ter avisos em caso de excesso de açúcar, gordura satura e sódio; as quantidades e a tabela nutricional não poderão ficar em locais "escondidos", exceto em produtos com área de rotulagem inferior a 100 cm².
Uma pesquisa realizada em 2017 pelo Idec e pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens-USP) demonstrou que a proposta dos rótulos em forma de triângulo é melhor. “A pesquisa feita com diversos voluntários mostrou que 80% deles entenderam melhor a mensagem com os triângulos”, argumenta Furegatti.
Além disso, a profissional de nutrição, com especialidade em Obesidade e Emagrecimento e Obesidade Infantil, ressalta a importância em ter um acompanhamento de um nutricionista capacitado: “Entendemos que uma rotulagem mais evidente, que mostre ao consumidor os malefícios daquele alimento, é um passo importante, mas não o único passo. Defendemos, além dessa mudança urgente, um maior acesso às consultas nutricionais, que deve ser compromisso de todos”.
Deborah Moreira
Comunicação CNTU