Pesquisadora avalia alimentação de adolescentes
Foram estudados 174 alunos que estudavam em escola pública com idade entre 13 a 17 anos.
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Avaliar a validade dos indicadores de práticas alimentares do questionário utilizado na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) entre adolescentes da cidade do Rio de Janeiro foi o foco do artigo Validade relativa de indicadores de práticas alimentares da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar entre adolescentes do Rio de Janeiro Brasil .
Foram estudados 174 alunos, dos quais 54% eram do sexo feminino, e 67,2% estudavam em escola pública. A faixa etária do grupo pesquisado variou de 13 a 17 anos. Os indicadores avaliados pelo estudo são a ingestão regular dos alimentos marcadores de alimentação saudável, marcadores de alimentação não saudável e as rotinas alimentares - refeição com responsável, desjejum e comer enquanto estuda ou assiste à TV. Entre os meninos, estão os maiores índices de acurácia em 12 dos 18 indicadores estudados.
De acordo com a publicação, os resultados mostram que os indicadores de consumo regular de alimentos saudáveis e referente à realização do desjejum apresentaram melhor desempenho do que aqueles de consumo regular de alimentos não-saudáveis, refeição com responsável e enquanto estuda ou assiste à TV. As frequências geradas pelo questionário foram superiores para os indicadores salgadinhos de pacote e biscoitos salgados e mais baixas para embutidos e refeição.
Segundo o artigo, a ingestão alimentar foi medida por meio de questionário qualitativo, no qual foi registrado o número de dias, na semana que antecedeu o estudo, em que o aluno consumiu: feijão; legume ou verdura, crua ou cozida, excluindo batata e aipim; salada crua; legume ou verdura cozidos na comida ou sopa (excluindo batata e aipim); frutas frescas ou salada de fruta; e leite (exceto leite de soja), considerados alimentos marcadores de alimentação saudável (MAS).
Já como alimentação não saudável (Mans) consideram-se guloseimas (doces, balas, chicletes, pirulitos, chocolates ou bombons); biscoitos, bolachas, salgadinhos de pacote ou batata frita de pacote; biscoitos doces ou bolachas doces; biscoitos salgados ou bolachas salgadas; salgadinhos de pacote ou batata frita de pacote; batata frita (exceto a batata de pacote) ou salgado frito; embutidos (hambúrguer, salsicha, linguiça, mortadela, salame, presunto, peito de peru ou nuggets); refrigerante; bebidas com açúcar como refrigerantes, sucos ou refrescos, chás, águas com sabor, isotônicos, bebidas à base de soja (sem contar bebidas light, diet, zero, com adoçante ou bebidas com leite e iogurte).
Essa divisão de alimentos, explica o artigo, foi baseada não somente nas recomendações nutricionais para prevenção de doenças não transmissíveis, que levam em conta a densidade energética e a quantidade de gordura, sal, açúcar, fibras e micronutrientes nos alimentos, mas também em evidências que sugerem a associação dessas variáveis com fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis.
Agência Fiocruz de Notícias
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