Para integrar América Latina é preciso focar no social, defende representante da Opas
Félix Rígoli defendeu que ponto de vista do trabalhador também precisa ser incluído nas questões econômicas.
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Quando o debate foi aberto para a plateia presente, formada por médicos, farmacêuticos, engenheiros, odontologistas, entre outros, diversos profissionais foram fizeram críticas ao programa Mais Médicos. "Essa questão passa pelo mercado de trabalho, pelos interesses das populações. Eu acho que temos que refletir que não foi só uma solução mais rápida, mas sim mais simplista. Uma solução que resolvia de forma fácil por algo que foi entendido por um problema de brigas de categorias e mercado de trabalho, quando eu vejo que a categoria médica tem brigado há muito tempo pelo SUS, por uma carreira de estado que não tem sido atendida e por um sistema que nos dê uma condição de trabalho adequada", declarou a médica Vera Lúcia Allegro, conselheira da CNTU, que também questionou a qualidade das instituições de ensino para formação médica no País e a falta de um plano de carreira para os servidores públicos.
Em nome da CNTU, o presidente da Confederação, Murilo Pinheiro, lembrou da atuação da entidade na defesa dos direitos trabalhistas dos médicos estrangeiros, uma boa parte vindos de Cuba. "A CNTU batalhou, brigou, entrou com uma Adin, no Supremo Tribunal Federal, questionando as garantias trabalhistas dos médicos".
O presiente da CNTU enfatizou também a importância em fazer a defesa da categoria quando ela se faz necessária. "Há muitas questões a serem colocadas. Quando há numa categoria uma critica, uma divergência, nós devemos parar para discutir essa questão. Só o fato de haver uma discordância, esse problema deveria ser encarado e discutido com mais profundidade. Nós fomos no ponto na questão trabalhista, dos direitos trabalhistas desses profissionais", disse Murilo Pinheiro. Para ele, trata-se de "uma discussão que deve ser travada muito seriamente. Se fosse ´Mais Engenheiros´, eu iria lutar, brigar reclamar, falar o tempo todo também. Sem duvida alguma que eu faria isso. E se não fizesse, minha categoria me tiraria do lugar que ocupo", afirmou.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o atual governo investirá R$ 15 bilhões até o final deste ano, para melhorar a infraestrutura dos serviços de saúde.
Deborah Moreira, Imprensa SEESP
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