Anatel estima R$ 170 bilhões para massificar a banda larga

Conselheiro da agência diz que é urgente dotar o país em backbone e backhaul. Campanha Brasil Inteligente, da CNTU defende investimentos desde já em infraestrutura para assegurar acesso de toda população &agra

O conselheiro da Anatel, Jarbas Valente, apresentou ontem (30), no Senado Federal alguns estudos formulados pela agência de previsão de investimentos para a massificação da banda larga no Brasil. Segundo ele, nos próximos sete a 10 anos, para se alcançar até 90% dos municípios com fibra óptica e cobrir todos os municípios com a tecnologia de banda larga 3G e 3,2 mil municípios com 4G atá 2019, seriam necessários investimentos de R$ 170 bilhões. 
Os recursos seriam assim distribuídos: R$ 39 bilhões na rede de transporte; R$ 91 bilhões na rede de acesso fixo e outros R4 40 bilhões na rede de acesso móvel. Este montante de R$ 170 bilhões seria o equivalente aos R$ 171 bilhões investidos nos últimos dez anos pelas operadoras de telecomunicações, que promoveram a universalização da telefonia fixa e o avanço do celular. "É urgente a necessidade de investimentos em backbone e backhaul", afirmou o conselheiro.

Mobilizar por investimentos

A CNTU lançou, em maio deste ano, uma campanha em defesa dos investimentos necessários em infraestrutura para que o Brasil vença o desafio da inclusão digital. Além de enfatizar o papel do Estado, a CNTU defende a valorização do produto nacional, com parcerias estratégicas com a base científica já instalada em diferentes regiões do país e investimentos bem canalizados para transformar o quadro atual.

Com recursos desde já, no apoio aos grandes eventos esportivos, e uma política continuada, a campanha que integra uma série de propostas e mobilizações contidas no programa Brasil Inteligente, defende que o país chegue a 2022, ano do Bicentenário da Independência, com banda larga universalizada, além de uma centena de empresas brasileiras de alta capacidade inovacional e produtiva em microeletrônica e produção de componentes. (Fontes: Telesíntese e Brasil Inteligente)