Uso racional de medicamentos
Conscientização sobre o uso racional de medicamentos
Acesso aos medicamentos é direito de todos, seu uso indiscriminado faz mal à saúde, e eles devem atender os interesses das pessoas e coletividades.
A CAMPANHA pelo "Uso racional de medicamentos" visa a promoção da educação e conscientização junto à população brasileira sobre o consumo de medicamentos. Além disso, o objetivo é contribuir para a implantação de política pública de acordo com as diretrizes da Política Nacional de Medicamentos, em consonância com a Constituição Federal, que garante a saúde como direito social, evidenciando os medicamentos como componentes essenciais e estratégicos dessa política. Objetivo geral - Contribuir com a difusão do URM (Uso Racional de Medicamentos) junto às lideranças sindicais da CNTU, aos profissionais universitários que compõem a base da entidade, às organizações da sociedade civil, à população em geral e aos governantes. Objetivos específicos - Contribuir para que a sociedade compreenda que medicamentos não são produtos quaisquer, exigem cuidados especiais; - apoiar as políticas públicas pelo uso racional de medicamentos e afirmar a importância de levar adiante e aprofundar sua aplicação; - afirmar o papel da farmácia como estabelecimento de saúde, e não supermercado; - afirmar o papel decisivo do profissional farmacêutico para o uso racional dos medicamentos; - contribuir para fortalecer as práticas preventivas de saúde e hábitos de vida saudáveis. A saúde e o acesso aos medicamentos pelos brasileiros padecem de fortes injustiças, cuja reversão é fator decisivo para a inclusão social, a qualidade de vida da população e o desenvolvimento socioeconômico nacional. A ciência em diversas disciplinas vem inovando o conceito saúde-doença, exigindo novas abordagens na atenção à saúde, para além dos paradigmas biomédicos. No escopo da campanha, portanto, está elencada, além desses pontos, a importância dos medicamentos no sistema de saúde, como insumo estratégico. Não é a possibilidade de acesso aos medicamentos e à assistência médica que implicará, necessariamente, melhores condições de saúde ou qualidade de vida. As pressões sociais a que estão submetidos a estrutura do sistema de saúde, bem como o marketing da indústria farmacêutica, são apontadas como fatores mais comuns dos quais decorre o uso incorreto dos medicamentos. A atenção à saúde vem sendo crescentemente guiada pelos interesses econômicos de corporações, exigindo da sociedade a retomada do entendimento do interesse público da saúde. Saúde não é mercadoria A campanha fundamenta-se na garantia da saúde como direito de todos os cidadãos, e não como produto. Com essa visão, a iniciativa leva em conta que farmácia é estabelecimento de saúde, ou seja, prestadora de serviços técnico-gerenciais (programação, processo de solicitação e armazenamento de medicamentos e atividades relacionadas com seu descarte) e técnico-assistenciais (dispensa, orientação farmacêutica, seguimento farmacoterapêutico, ações de educação em saúde e suporte técnico para a equipe dessa área). O farmacêutico, desse modo, é profissional de saúde e integra uma equipe multidisciplinar. A campanha deve ainda questionar a propaganda midiática de um conceito de saúde anacrônico, como contrário da doença, abrindo-se para outros mais atuais, como o da OMS. Segundo essa organização, saúde abrange aspectos físicos, mentais e sociais. Relaciona-se primariamente com um estado de bem-estar. A meta é fazer com que a campanha ganhe amplitude para que o uso racional de medicamentos seja uma luta compartilhada por todas as categorias profissionais representadas pela confederação. A iniciativa soma-se às estratégias da OMS (Organização Mundial da Saúde) nesse âmbito e é premente. Segundo divulgado pelo Ministério da Saúde, pesquisa do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas), ligado à Fundação Oswaldo Cruz, apontou que foram 26.756 casos registrados de intoxicação por medicamentos, no ano de 2009. Entre as principais causas de morte previsíveis relacionadas ao seu uso encontram-se prescrição inadequada, super ou subdosagem, reações adversas e acidentes individuais, dentre outros. Abraçamos as recomendações do IV Congresso sobre Uso Racional de Medicamentos, realizado em setembro de 2012, notadamente:
Objetivo
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Metas
Recomendações
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